domingo, 2 de dezembro de 2012

INTERATIVIDADE OU INTERAÇÃO...eis a questão!!!


ANÁLISE DOS 5 PILARES DE PAULO FREIRE PARA A COMUNICAÇÃO



UFC - Universidade Federal do Ceará
Instituto UFC Virtual
Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Coordenadoria de Pesquisa, Informação e Comunicação de Dados
Divisão de Planejamento e Ensino
Curso: CFCT - Curso de Formação Continuada de Tutores Turma 2012/2
Turma: T-21 - MEC/SECADI - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão

Coordenação - Dra. Raquel Santiago Freire
Professor Formador: Fernando Antonio de Castelo Branco Ramos

Cursista: Lucas da Silva
Data: 02 de dezembo de 2012

ANÁLISE DOS 5 PILARES DE PAULO FREIRE PARA A COMUNICAÇÃO EM EAD

A educação ou a arte de ensinar e aprender, é uma das atividades mais exercidas pela humanidade. Essa dinâmica de troca de saber é, e sempre foi realizada de diferentes formas e métodos, algumas de forma empírica e outras de forma científica, alguns deixados para traz, outros foram aperfeiçoados e outras até continuam em evidência até hoje, incorporando a novas descobertas tecnológicas. No entanto Saviani (2005) destaca que para instalar uma nova teoria é preciso que se desestabilize o que já está instituído; não basta reconhecer o novo como uma verdade, para que esse fato altere a forma de pensar.
Essa forma de pensar, perpassa pela inclusão de sentimentos humanistas, capazes que estreitar as relações afetivas entre o educador e o educando, favorecendo uma aprendizagem sólida e prazerosa. O grande educador brasileiro Paulo Freire, diz que, para uma prática educativa ter sentido, é necessário haver e querer bem aos educandos. É o que faz do educador um formador, mais do que um treinador ou transferidor de saberes. De acordo com Freire (2006, p. 91): “Não há diálogo se não há um profundo amor ao mundo e aos homens”. Com isso a humanização do ensino, torna-se fundamental nesse processo, que pode ser através dos sentimentos e troca de valores humanos.
Na educação a Distancia (EaD), essa humanização deve ser mais intensa, pelo fato de existir um separação física e  uma ausência do olho no olho. A interatividade, que é uma das principais características da EaD, permite um acompanhamento mais presente do ponto de vista da transacionalidade, em que o educador pode interagir diariamente com o educando, através dos fóruns, chats e mensagens. O educando que, estiver em outro lugar, diferente de onde se encontra seu educador, espera do mesmo uma maior afetividade em sua relação ensino/aprendizagem, pelo fato de não ter contato direto com colegas e grupos, como teria em uma sala tradicional.
No entanto, essa afetividade só terá êxito, se de fato o educador, trazer para si, a realidade e as possíveis deficiências do educando. Permitindo um dialogo permanente e franco, sempre se colocando no lugar do outro, demonstrando humildade e fraternidade, buscando uma aprendizagem sólida, através do acompanhamento e da presença transacional constante, com mensagens de incentivo e de apoio.
Para Freire (2003), o educando precisa assumir-se como tal, mas assumir-se como educando significa reconhecer-se como sujeito que é capaz de conhecer o que quer em relação com o outro sujeito igualmente capaz de conhecer, o educador e, entre os dois, possibilitando a tarefa de ambos, o objeto de conhecimento. Ensinar e aprender são assim momentos de um processo maior – o de conhecer, que implica re-conhecer.
Em nossa prática pedagógica, principalmente atuando como tutor, sempre ficou em evidencia a humanização da relação ensino/aprendizagem, em que, os pressupostos de Paulo Freire (amor, humildade, fé nos homens, esperança e um pensar crítico), são bem vivenciados, tanto por nossa parte, como também pelos educandos, que demonstram através de sua aprendizagem e pelas mensagens de carinho, agradecimentos e afeto.
Dentre os pressupostos de Paulo Freire, a esperança, é a que mais chama nossa atenção, pelo fato do público que hoje optar pela EaD, geralmente são pessoas que não tiveram ou não tem a oportunidade de estudar no “tempo certo” ou na forma presencial, isso porque os cursos superiores de melhor qualidade sempre se concentraram na capital e em cidade grandes. Dificultando o acesso dos que habitam os interiores, que tem que trabalhar cedo como forma de sobrevivência.
Paulo Freire diz em uma de suas citações que: “você, eu, um sem-número de educadores sabemos todos que a educação não é a chave das transformações do mundo, mas sabemos também que as mudanças do mundo são um que fazer educativo em si mesmas. Sabemos que a educação não pode tudo, mas pode alguma coisa. Sua forca reside exatamente na sua fraqueza. Cabe a nos por sua forca a serviço de nossos sonhos” . (Freire. 1991, p. 126).
Para que os educandos sejam sujeitos de sua aprendizagem, o mesmo tem que ter uma grande motivação, e esperança de uma vida digna e melhor. É preciso motivar e ser motivado pelo mundo das palavras, aprender e ensinar ao mesmo tempo, buscando o cresciemento, pois como dizia Paulo Freire: “Onde quer que haja mulheres e homens,há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”.

Saiba mais:
O PENSAR EDUCAÇÃO EM PAULO FREIRE:
DIALOGICIDADE EM PRÁTICAS INTERATIVAS DA ÁREA DE EXATAS:
DIÁLOGO ENTRE PAULO FREIRE E SEYMOUR PAPERT SOBRE O USO DE COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO :http://youtu.be/bPVweGFj_q8

quinta-feira, 11 de outubro de 2012